Não é novidade que a saúde mental foi uma das áreas mais atingidas desde a COVID-19. Observa-se aumento de estresse, compulsões, insônia, ansiedade e depressão. Felizmente com o aumento de informação e a desmistificação dessa temática, as pessoas têm buscado acompanhamento psicológico e psiquiátrico e com isso o aumento do uso de antidepressivos.
Diferente do que muitas pessoas acham, os antidepressivos não são recomendados apenas para tratar a depressão ou casos graves, mas também como tratamento aos transtornos de humor como ansiedade e outras compulsões.
O tratamento com esses fármacos é de longa duração, ou seja, faz parte da vida do indivíduo por pelo menos seis meses e apesar dos grandes benefícios, algo bastante frequente, mas pouco comentado são os efeitos que esses fármacos podem trazer à relação sexual, desde diminuição de libido, até a ausência do orgasmo (anorgasmia).
É comum que muitos indivíduos aceitem essa condição por achar que essa é a única forma, outros abandonam o tratamento antes da hora, o que pode intensificar os sintomas iniciais. Precisamos normalizar a queixa e a busca pela melhora do prazer sexual, qualquer um pode passar por isso, e você não está sozinho nessa. O efeito da medicação em cada organismo pode ser diferente, por isso é imprescindível conversar com seu médico, pois ele pode sugerir um tratamento alternativo.
Além disso, ter uma conversa aberta com seu companheiro(a) é fundamental, é preciso parceria para entender que, essa é uma condição que pode ser passageira, mas que precisa de paciência e compreensão.
E por último e não menos importante, a psicoterapia poderá te ajudar a adquirir novas estratégias de enfrentamento e regulação emocional, o que ajuda na efetividade do tratamento.
Patricia Viel
